domingo, 6 de setembro de 2009

Prologo

Condrace Road, Londres
22:34

Condrace Road estava para perder um dos seus mais ilustres moradores. Hérico Glooskap era um senhor de setenta e sete anos, tinha cabelos e barba branca, sua barba era rala, olhos cor de mel e aparência cansada.
Embora fosse velho, Glooskap, tinha um currículo que fazia inveja à muitos jovens. Glooskap graduou-se em química por Harvard no final dos anos setenta, e após voltar para a Inglaterra começou a lesionar em Oxford, onde ficou de 1986 à 1999 então apresentou sua aposentadoria e ficou vivendo na Condrace Road deste então.
Um carro Toyota preto entrou na rua Condrace, avançou e parou na sétima casa, manobrou e enfim estacionou. A porta se abriu e um homem alto, jovem, vestido de terno preto saiu do carro foi ate a frente da casa e tocou a campainha.
Tim, dom, tim, dom.
A porta se abriu e Glooskap apareceu
- Você esta quatro minutos atrasado, McPhee - falou Glooskap ao reconhecer o homem.
McPhee era alto, jovem, cabelos pretos curtos, olhos azuis e oculos quadrado.
- Me desculpe senhor. Sabe que não tenho a pontualidade britânica. - falou McPhee entrando no hall da casa.
Ao chegarem na sala de estar, Glooskap disse enquanto fechava um grande malão que estava em cima so sofá.
- Agradeço muito a carona Willian. Os táxis estão um absurdo! - criticou enquanto colocava a mala no chão.
A sala era bem cuidada, tinha dois sofás e uma poltrona vermelha, uma mesinha de centro, um quadro da Monalisa na parede ao lado de um relógio de pendalo, uma estante e uma lareira que no momento estava apagada, o carpete era verde musgo e a pintura das paredes eram vermelhas e tinha uma escada de mogno ao fundo.
Willian McPhee olhou em volta, pigarreou e perguntou:
- Me desculpe a curiosidade, senhor, mais para onde vai mesmo?
Glooskap foi ate um outro malão marom do lado da poltrona e respondeu enquanto arrastava a mala para o lado da outra.
- Vancouver. Aceitei uma vaga de professor num colégio chamado Caerdwyff.
- Pensei que o senhor estivesse aposentado. - contrariou Willian.
- Ah, eu estava, mais uma amiga que é diretora me convidou e eu não gosto de fazer mal as pessoas. Romanenko é uma boa pessoa... e... tambem a escola parece ser muito boa. - Glooskap olhou em voltou - Poderia dividir o peso das malas comigo?
- Claro.
Minutos depois, McPhee e Glooskap sairam da casa. Se encontravam agora na calçada e enquanto Glooskap trancava a porta e McPhee colocava as malas no porta-malas.
Eles entraram no carro e enfim partiram. O carro praticamente deslizou pela rua, onde as luzes dos postes iluminava o preto do Toyota.
- É uma universidade? Ou o que é? - perguntou McPhee sobre a Caerdwyff.
- Não! Deus me livre de lecionar para adultos novamente! - respondeu Glooskap enquanto girava a maçaneta da porta para fechar, totalmente a janela - Caerdwyff é uma escola secundaria com alunos dos onze aos dezesseis anos, sabe.
McPhee se sacudiu e disse num tom rispido.
- Nossa, sabe oque essas crianças de hoje em dia fazem? Tudo de ruim - respondeu antes de Glooskap abrir a boca - Sabe que não respeitam mais os professores.
Glooskap tentando fazer a conversa pender para o seu lado falou:
- Lá deve ser diferente. - então recitou - Uma das melhores instituições de ensino da Columbia Britanica... ninguém merece universitarios desrespeitosos.
McPhee porem se calou; eles acabavam de entrar numa via expressa quando algo que mudaria a vida deles acontece.
O Toyota preto parou bruscamente como se algo o empurasse para tras; o carro que estava logo atras fora surpreendido e batera na traseira do Toyota, e assim, num efeito dominó todos os outros carros paravam ou fazam uma manobra brusca para um dos lados. O engarrafamento foi inevitavel.
O corpo de Glooskap se projetou para frente, mais o cinto de segurança o protegeu. McPhee porem, sem cinto, bateu com a cabeça no volante. O air-bag não havia funcionado!
- Mais que... - disse McPhee, colocando a mão no nariz , que sangrava, o vidro de seu oculos rachara.
Por um breve momento tudo parou e em seguida houve uma explosão em um poste de luz proximo à eles. O blecaute foi inevitavel.
McPhee tentava ver em volta mais não era possivel para ele. Glooskap, meio aturdido, tirou o cinto de segurança, abriu a porta e saiu.
Depois de olhar em volta, viu o caus. Exatamente na frente do Toyota havia uma figura alta, palita e de roupas pretas e longas com cabelos pretos e lisos até os ombros. A frente do carro encontrava-se amasada.
A figura deu um passo à frente e Glooskap um para trás.
- Para onde estava indo Hérico, sem nosso concentimento? - dizia a figura com voz masculina.
Glooskap recuava, dando a volta em um carro Honda vermelho ao lado.
- Não sei para onde estava indo. Mesmo se soubesse, não lhe diria, não é? - e correu ate o Toyota de McPhee, mas a porta se fechou na cara de Willian que no momento iria sair.
Uma outra figura, alta, palida, roupas pretas, apareceu diante da porta do carro.
O caos era tanto que ninguem os notava, embora algumas pessoas correçem assustadas e outras tentavam abrir as portas de alguns carros, mas estavam todas trancadas.
- Invisibilidade! - exclamou Glooskap surpreso - Devia saber que isso era uma emboscada... e não sabia que os vampiros britanicos podiam ficar invisiveis.
A figura que fechara a porta era um vampiro! Ou melhor, uma vampira.
- Aisdra! Não sabia que voçê já estava fazendo ataques.
A vampira era bonita, jovem, devia ter uns 17 anos, seus labios estavam maquiados de cor roxa.
- Porque nós não acabamos logo com isso Joshua? - perguntou Aisdra.
O vampiro deu a ordem.
- Ataque, então - disse Joshua num tom frio.
Aisdra simplesmente avançou para Glooskap.
- Vampirus pos mortem - exclamou Glooskap causando um brilho intenso; Aisdra recuou cambaleante, Joshua virou a cabeça e Glooskap desapareceu junto com o brilho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário